Pompeia é a região com mais furtos de veículos
quinta-feira, 30 de junho de 2011A região em que o paulistano corre mais risco de perder o carro é a do 7.º DP (Lapa), conforme as estatísticas de janeiro a maio da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Desde o início do ano, a região lidera no número de ocorrências de furtos de veículos, mas agora disparou. A delegacia abrange os bairros de Lapa, Vila Romana, Vila Ipojuca e trechos do bairro Pompeia. Há na área avenidas como Marquês de São Vicente e Pompeia, mas a maior concentração de casos acontece em uma via de 1,5 quilômetro, a Rua Barão de Bananal, onde foram registrados 29 casos de furtos e roubos de carros de janeiro a maio deste ano.
Até o fim de maio foram 905 ocorrências envolvendo veículos – média de 6 por dia -, 20% a mais do que o segundo colocado, Perdizes, também na zona oeste, e 57% a mais que o décimo colocado no ranking. Segundo o delegado Rubens Eduardo Barazal Teixeira, titular do 7.º DP, o fator econômico e a concentração de faculdades, hospitais e condomínios de alto padrão explicam por que a região é alvo desse tipo de crime.
“Esse tipo de crime é um problema que atinge a macrorregião entre Pinheiros, Perdizes e Lapa. Há um crescimento de prédios residenciais e muitos moradores têm mais de um carro. Como as vagas nas garagens são limitadas, muitos veículos ficam na rua. Isso facilita os ataques”, explicou o delegado.
Ele ressalta que a maioria dos casos é de furto, quando a subtração é feita sem ato de violência. Entre janeiro e maio, foram 693 furtos (77% dos casos) e 212 roubos (23%). As delegacias de Perdizes (23.º DP), Pinheiros (14.º DP) e Lapa (7.º DP) representam 7% (2.305 casos) do total de ocorrências da capital. De janeiro a maio, a cidade teve 33.006 crimes desse tipo.
O comerciante Joaquim Braga, de 48 anos, está entre as vítimas de roubo. Ele foi atacado, no início do mês, quando descarregava as compras que fez para seu bar, na esquina das Ruas Barão do Bananal e Padre Chico. “Era por volta das 6h quando dois homens chegaram armados e levaram o carro. Agora só descarrego em horários de maior movimento.” O carro, um Siena preto ano 2009, não foi localizado. “Ainda bem que tenho seguro.”
Resposta. O capitão da 1.ª Companhia do 4.º Batalhão, Marlon Luiz de Souza da Silva, diz que a maioria dos ataques ocorre próximo do Centro Universitário São Camilo, do Sesc Pompeia e do Estádio do Palmeiras. “Aqui também é uma região estratégica para fugas. Está próxima das Marginais”, explicou. Segundo o capitão, a PM reforçou a patrulha nos viadutos que dão acesso ao bairro. “Intensificamos bloqueios e abordagens. A meta é diminuir os casos em até 10% nos próximos meses.”
De acordo com o delegado do 7.º DP, os carros roubados na região seguem para desmanches clandestinos ou são clonados. “Vão para outros Estados e para o Paraguai. No último mês, prendemos cinco ladrões e os casos vão diminuir”, afirmou. Ele disse que a intenção da Polícia Civil é desmantelar as quadrilhas. “Não adianta prender só o cara que rouba ou furta.”
Fonte: O Estado de S. Paulo