‘Um Rito de Mães, Rosas e Sangue’ apresenta-se na Pompeia
quinta-feira, 12 de julho de 2012Após ganhar os prêmios de melhor figurino para Luciano Pontes e melhor iluminação para Luciana Raposo no 17º Janeiro de Grandes Espetáculos (PE), o espetáculo “Um Rito de Mães, Rosas e Sangue”, dirigido por Claudio Lira, inicia sua turnê nacional e será apresentado em quatro capitais no mês de julho: Salvador (03 e 04), Brasília (06, 07 e 08), Rio de Janeiro (09 e 10) e São Paulo (13 e 14).
“Um Rito de Mães, Rosas e Sangue”, um ato poético em três quadros, traz à cena uma livre adaptação das três tragédias rurais de Garcia Lorca: “Bodas de Sangue” (1933), “Yerma” (1934) e “A Casa de Bernarda Alba” (1936). Aqui a criação de Lorca é apresentada como um espetáculo ritualístico ambientado num lugar distante, no qual o tempo e o espaço são reinventados e metaforizados dentro da cena.
A peça transforma as tragédias em quadros, onde a Mãe é o foco central do ritual cênico: é ela quem dita as regras do jogo. No primeiro quadro, Claudio Lira versa sobre a memória e o futuro da mãe no momento posterior aos acontecimentos da tragédia “Bodas de Sangue”. É o desabafo de uma mãe perante suas lembranças, seus fantasmas e o infortúnio da morte de seu filho, assassinado no dia do casamento. Diante do túmulo deste e da ausência do marido, também já morto, e com quem conviveu por apenas três anos, ela amaldiçoa as navalhas e outros objetos cortantes, enquanto vira comentário para as vizinhas. No segundo quadro, “A Casa de Bernarda”, um universo sufocante e claustrofóbico é instaurado pela mãe Bernarda Alba, que com mãos de ferro, condena as suas filhas a um luto eterno, até que alguma delas se case. No terceiro e último quadro, “Yerma”, a peça desvenda as várias Yermas, que se sobrepõem, à medida que as esperanças da personagem vão se dissipando em sua busca incessante pela maternidade.
A costura desse “tecido cênico” é feita através da combinação de duas personagens opostas, Maria Josefa, a louca mãe de Bernarda, que anseia por vida e liberdade, e a mendiga, símbolo do mau agouro presente em alguns textos de Lorca, figura que, segundo o próprio autor é a morte na iconografia dos seus textos.
A montagem conquistou o Prêmio Myriam Muniz, da Funarte, e o Fomento às Artes Cênicas, da Prefeitura do Recife, e traz no elenco, Ana Maria Ramos, Auricéia Fraga, Andrezza Alves, Daniella Travassos, Luciana Canti, Sandra Rino, Lêda Oliveira, Lano de Lins e Zé Barbosa.
Um Rito – Sua Origem
A montagem de “Um Rito de Mães, Rosas e Sangue” é fruto da união de pessoas com experiências de vida diferentes, que compartilham do desejo em estabelecer uma discussão viva e criativa sobre o fazer teatral. O embrião do projeto surgiu em 1999, na Universidade Federal de Pernambuco, com a montagem de “A Casa de Bernarda – Uma Performance Obscura”. Dez anos depois, contando com o reforço de novos profissionais que se agregaram ao projeto, retomaram os trabalhos e o pensamento continuando os estudos sobre o universo do escritor Federico Garcia Lorca, e mais especificamente sobre suas Três Tragédias Rurais.
O espetáculo estreou em maio de 2010 no Festival Palco Giratório, do SESC Pernambuco. Em seguida, realizou temporada no Teatro Hermilo Borba Filho, em Recife. Foi contemplado com os prêmios de Melhor Figurino, para Luciano Pontes, e Melhor iluminação, para Luciana Raposo, além de concorrer aos prêmios de Melhor Espetáculo e atriz Coadjuvante no 17º Janeiro de Grandes Espetáculos – PE ( 2011). Seguiu então em turnê por diversas cidades de Pernambuco como Surubim, Jaboatão dos Guararapes (por duas vezes), Triunfo e Caruaru.
Sucesso de público e crítica, “Um Rito de Mães, Rosas e Sangue” hoje cumpre sua terceira temporada em Recife, e prepara-se para iniciar sua turnê nacional. Em paralelo com essa circulação, o grupo ensaia sua nova montagem, uma encenação da peça “Beijo no Asfalto”, cuja estreia está prevista para agosto de 2012, no Rio de Janeiro.
SERVIÇO:
Onde: Núcleo Bartolomeu
Endereço: Rua Dr Augusto de Miranda, 786 – Pompéia – São Paulo
Contato: nucleobartolomeu@gmail.com Telefone: (011) 3803-9396
Quando: dias 13 e 14 de julho – Sexta às 20h, Sábado às 17h e 20h
Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada)
Recomendação: 16 anos
Lotação: 120 Lugares
Duração: 90 minutos
Fonte: Assessoria de Imprensa
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